Perdemos essa capacidade. Será? É importante ensinar de novo as crianças a inventar e reinventar as suas brincadeiras, os seus jogos com materiais simples, sem tecnologias. Também é importante, mesmo ao nível de sociabilidade.
Partilho este artigo que nos vai ajudar a refletir neste sentido.
Gamificando sem tecnologia
Por estarmos na era da tecnologia, onde os jogos eletrônicos fazem
parte constante do nosso cotidiano, podemos achar que a gamificação na
área da educação só seria eficaz em conjunto com os meios eletrônicos e
plataformas móveis, cometendo assim um grande equívoco.
As metodologias educacionais não têm formulas prontas e com a inserção das técnicas dos jogos na didática de ensino isso não é diferente. Para cada turma, cada estudante, são necessárias abordagens conforme suas necessidades e, considerando algumas disciplinas mais complexas, captar e manter a atenção dos aprendizes torna-se uma tarefa muitas vezes difícil.
É aí que entra a gamificação, no sentido de cativá-los a aprender de forma divertida. Independe dos recursos eletrônicos da escola ou dos alunos, podendo inserir a técnica com base em um estudo das comunidades em que vivem, trazendo a realidade cotidiana para dentro da sala de aula e então gamificá-la.
De acordo com artigo no portal Porvir, podemos levantar seis atitudes que farão a gamificação sem tecnologia funcionar perfeitamente.
1. Definir o que se espera da aprendizagem
É necessário que o professor defina os resultados que busca. Traçar objetivos como adquirir habilidades intelectuais, cognitivas, motoras, ou mesmo que os alunos aprendam a ter novas posturas diante de situações pré-determinadas.2. Eleger um tema
Escolher uma ideia, um desafio amplo o suficiente para acompanhar o aprendizado até o final. O objetivo é que os alunos desenvolvam ao longo do jogo as habilidades antes definidas.3. Estruturar o jogo
Determinar como o jogo vai funcionar, desde o início, passando pelas atividades práticas, desafios que serão encontrados e, por fim, o que fará os alunos conquistarem a vitória.4. Fazer um projeto das atividades
Contextualizar os conteúdos de cada disciplina, estabelecendo os conteúdos que serão abordados e mesmo se outros assuntos terão de ser relembrados, questionando os alunos e lhes repassando o jogo para que o analisem. Assim, submetem os elementos do jogo a testes de observação e reflexão.5. Divida os times
Forme as equipes, para que os alunos sejam estimulados à competitividade, estabelecendo as relações de ética e igualdade que os jogos criam. A própria divisão lhes estimulará a dar o melhor de si, independente do prêmio.6. Que comecem os jogos
Enquanto jogam, é necessário lembrar que independente dos desafios lançados, os alunos devem ter liberdade para fazer suas escolhas e, principalmente, divertirem-se enquanto aprendem. A criatividade dos estudantes pode ser limitada ao tema escolhido, para que o foco não se perca. Se tratar-se de um assunto de história, por exemplo, devem focar na disciplina. das mesma forma com as outras matérias.Incluir a gamificação em atividades que envolvam a progressão histórica de algum fato, fazer competições sobre física e química, estimular cada equipe a dominar diversos assuntos para que mais pontos sejam conquistados… nada disso precisa de suportes eletrônicos ou digitais: é o conhecimento adquirido versus a vontade de ganhar, aprender, se superar.
Publicado em: http://educationtous.edulify.com/games-gamificacao-na-educacao/